terça-feira, 2 de janeiro de 2007

A tristeza…

Quando, a pouco e pouco, se abeira da nossa porta, tal qual uma nuvem negra e tempestuosa, num dia sombrio e magoado, avançando silenciosa e reinante, pode afigurar-se algo, nem sei se sintomático, ou se psicossomático, sei apenas que pode ser algo tão perturbante e assustador, como doloroso e desolador, onde só nos apetece gritar bem alto, mas em silêncio, numa cadência melodiosa, mas assustadora, com uma dor no peito, dilacerante e agonizante, que nos atormenta os segundos, os minutos, as horas, os dias e uma infinidade de tempo onde, a pouco e pouco, as moléculas de oxigénio nos vão fugindo, faltando aquele ar fresco, com cheiro refrescante a ozono, típico dos dias de chuva.
Esta “amiga” é assim, caminha sem aviso, atraca sem receio e permanece sem piedade e, mormente, com sucesso.
Leva-nos a um caminhar cadenciado e ritmado, para algo ou para algures, onde a dor parece ser uma “boa” companheira e confidente, que nos ouve e nos responde, sem palavras ou expressões, mas com muita intensidade, crescente e constante…

Não sei se são estes sintomas, mas penso que talvez seja a melhor forma de descrever aquilo que sinto.
Uma realidade infernal!
Uma tristeza brutal!

3 comentários:

Anónimo disse...

Gosto boneco: é giro como tu. :)
Quanto ao resto, falaremos pessoalmente.
Juízo!

Anónimo disse...

Olá, boa noite.A gravura no miúdo é muito gira, está triste, mas tem afisga no bolso de trás. Este instrumento pode-lhe dar num futuro próximo momentos de felicidade...A figura do miúdo pode ser a nossa ( a minha, a tua, a de quantos passam por momentos maus.
Mas amanhã o Sol nascerá! Podemos não o ver, por causa das nuvens, mas ele vai nascer!!!
Quando estamos no meio de uma chuvada, quase nunca pensamos no "calor do estio" que virá. Mas o certo é que vem!
Vamos esperar por dias melhores...
A.Silva

Sonhador disse...

Desde já obrigado pelos vossos simpáticos comentários!
Quem quer que seja a primeira pessoa, sim, falaremos um dia, pessoalmente.

Em relação à segunda pessoa, de facto nada mais verdade, depois de um dia de chuva e tempestade, chega a bonança. Custou a chegar, mas começo a sentir-me melhor, a recuperar as forças.

Obrigado pelo apoio.