quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Um dia depois do outro...

(22 de Outubro, 02:09)

Ontem, aconteceu uma situação muito inesperada. Estava eu no cabeleireiro quando chega uma pessoa que já não via há mais de um ano. Gostei de vê-la, mas, sobretudo, de saber que o passado está bem onde está, enterrado, e nada melhor do que histórias bem resolvidas! Como diria Margarida Rebelo Pinto, “Não há coincidências”, ou será como diz Paulo Coelho, “Quando queremos muito uma coisa, o Universo todo conspira para que o consigamos”. Neste caso, penso que nem uma, nem outra é aplicável, e resultou tão e somente da mera casualidade.

Bem, mas como passado é passado, e temos de (tentar) viver no presente, uma vez mais, fu(g)i para a noite e hoje, como consequência, levantei-me tarde e acabei por não sair de casa.
O tempo também não ajudou. O Outono chegou, efectivamente, com indícios de Inverno.

Detesto este tempo sombrio.

Pensamentos já usuais voltaram a abeirar-se de mim. Tento racionalizar tudo, compreender o que se passa, numa perspectiva descomprometido, de modo a não enviesar conclusões.
Detesto vitimizações, e costumo dizer que a culpa, a haver, é sempre de duas ou mais pessoas, e de facto é verdade, a culpa envolve sempre mais do que uma pessoa. Contudo, penso que o óbvio está bem visível e tenho de saber lidar com a situação, da melhor forma possível.
Não tem sido fácil, mas tenho que desviar forças para o presente, para onde me encontro, para lidar com esta mudança da melhor forma possível e tentar, de uma vez por todas, mentalizar-me que o futuro é aqui, no presente, neste local, e que só cimentando aquilo que tenho hoje, poderei colher sossego no futuro. Não posso continuar a sonhar com o que não existe, pois o que existe são os factos, e é com eles que tenho e vou lidar.
Não mais voltarei (pelo menos vou tentar), a desviar forças para outro lado que não seja isto, aqui e agora!
O suporte temos que ir buscá-lo a nós e o resto será acessório, não querendo descurar tudo o que de positivo tem existido e as pessoas que me têm apoiado (de facto, a família é sempre a base daquilo que nós somos e apoiam-nos nas decisões que tomamos. Obrigado!).

Há momentos, e tal como na Alegoria da Caverna, em que temos que sair da Caverna, cortar amarras, libertar-nos das correntes e seguir em frente, por mais que nos custe. De facto, a vida não pára, e contra factos, argumentos são dispensáveis.

Toca, uma vez mais, “Tento Saber”… E de facto, eu tento, e vou tentar pôr um . (no que quer que seja que exista, que surja).

O que espero?
Talvez a pergunta seja, o que posso esperar?
Hum, mas como não sei, temos pena, mas a casa tem que ficar arrumada.
(Confesso que a frase "mas é claro que as coisas mudaram", continua a ecorar na minha cabeça, mas também confesso que me sinto mais sereno).
Com isto tudo, já são 02:44.

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