quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

O (insondável) coração...

O coração do Homem é, talvez, das coisas humanas mais retratadas, mais descritas, mais aludidas em poesia, prosa, música, escultura ou poesia, numa tentativa, digo eu, de compreensão, de discernimento entre o sentimento e a razão, entre o querer e o não querer, entre o gostar e o não gostar, entre o ódio e o amor, entre a paixão e a autêntica devoração da alma, do ser, da pessoa humana…
Associado, normalmente, ao gostar, ao amar, à paixão, também pode e é sinónimo de incertezas, de desgostos e de incompreensões várias, vividas desde sempre pelo ser humano.
Como seria tudo mais fácil e simples se o nosso coração (ou cérebro?) gostasse de quem gostaríamos que ele gostasse…
Como seria mais fácil se conseguíssemos controlar aquele aperto cá dentro do peito, pela pessoa que gostaríamos de gostar para sempre e que assim se mantivesse eternamente…
Deveria ser assim, mas não é…
Não sei porquê…
Mas ao conversar com uma pessoa amiga, disse-me uma coisa que me fez pensar, embora já o tivesse feito, mas talvez não de forma tão consciente.

“O coração do Homem é insondável!”

Pois, de facto, o nosso coração é algo muito misterioso, que pode ser pautado por uma luz intensa e aniquiladora da visão...

... a uma delével marca...
Lamento todas as pessoas que magoei, e lamento mais ainda por magoar quem menos merece, mas não lamento por todas estarem aqui comigo, embora, claro, uma mais do que outras...

5 comentários:

Anónimo disse...

Passou o tempo da mágoa, da angústia, da tristeza, da desilusão, da ilusão, da incompreensão. Ficou o que de melhor tens e que em mim deixaste. Agora é puro amor que não custa. Porque é assim que deve ser. Meu querido.

Sonhador disse...

Obrigado pela amizade e por toda a compreensão...

Anónimo disse...

A filosofia judaico-cristã chegou até nós com o contributo de alguns pensadores importantes, entre eles Agostinho, Bispo de Hipona.
Do século IV até hoje "conceitos" como CORAÇÃO INQUIETO são importantes e explicam muitas das situações diárias, onde o nosso coração busca de forma inquieta um porto seguro para atracar...
Santo Agostinho, no final da sua vida muito vivida, conclui que só no seu Deus o seu coração inquieto pode descansar.
Hoje penso no sofrimento dos que não teem fé e vivem sem Deus.
A.S.

Sonhador disse...

Pessoalmente considero-me uma pessoa de Fé, que acredita em... Costumo dizer que há sempre alguém a zelar por mim e quero acreditar, e acredito, que assim é.
Como é reconfortante entrar num templo, nem que seja para admirar a sua calma, e sentir uma força interior estranha, mas apaziguadora.
Podemos estar em Bucareste, na Roménia, em Berlim, na Alemanha, Cracóvia, na Polónia, ou entao na sempre querida "Fátima", mas há sempre uma energia reinante muito agradável, que nos consola a alma e nos reconforta o coração, por vezes em momentos menos agradáveis.
Contudo, sei que por vezes me esqueço de determinadas "coisas", e talvez seja esse esquecimento a explicão, eventual, para algumas situações vivenciadas por "mi persona"...

Sonhador disse...

Acrescento, ainda, que apesar de tudo não é a razão exclusiva, e nem sei se a principal para...