quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Pensamentos (escritos) na areia...

Sentado, ou melhor, deitado na praia P, na Y island, numa bela, mas sombria (seria já um indício?), tarde de Julho (por acaso 31 de Julho de 2006), ouço um dialecto estranhíssimo, que se assemelha a tudo menos a português, o que me faz viajar para outras paragens, por acaso exóticas, uma vez que a areia (preta - que por acaso até fica mal no exótico), o som do vaivém das ondas do mar e o calor avassalador de um mês de Julho (no nosso Hemisfério), a isso propiciam. Só faltam mesmo as palmeiras e os cocos (hummm, um coco fresquinho, bebido à sombra de uma palmeira - de facto, uma imagem bastante simpática).
Mas viajar, embora possa ser bom, nem sempre é para lá de bom, como dizem “aqui” no book que leio.
Viajar é bom, mas pode ser extraordinário, desde que devidamente acompanhado... Agora pergunto-me, acompanhado pelo quê?
Boa questão, mas digamos que se fôr por um bom vinho verde, a estalar de gelado, bebido numa boa esplanada, de um óptimo restaurante, saboreando um fantabulástico menu, numa extraordinária conversa de uma afável, sorridente, inteligente e simpática companhia freudiana, onde o toque do olhar, a beleza do sorrir, a leveza do sentir, motivam um toque ténue no pé, na mão ou na cara...). Tudo, em toda a sua magnitude, pode estar, quiçá, para além das percepções sensoriais que poderei alguma vez sentir.

1 comentário:

Sonhador disse...

Este pequeno texto foi escrito num dos momentos mais dificeis da minha vida...